quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

socorro

sinto que estou morrendo
e ninguém percebe, e ninguém ajuda
sinto meu coração doendo
e em nenhum remédio se encontra a cura
sinto minha mente se esvaziando
e não acho nada para que eu me iluda
sinto minha voz calando
e sei muito bem de quem é a culpa
sinto que estou morrendo
e ninguém percebe e ninguém ajuda

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

dois em um

o mundo girou                                            vamos fazer tudo o que faltou
o mundo deu voltas                                    os sonhos parados, congelados
ainda estou aqui                                         as palavras entaladas na garganta
sofrendo chorando                                     me entenda dessa vez
ainda sem entender                                    meus olhos mostram minha mente
ainda sem querer                                        e minha mente mostra
vamos, venha comigo                                tudo aquilo que eu não consigo dizer
mas fique dessa vez                                
até o chá esfriar                                      
até o dia raiar                                          
até a água evaporar                                  
e o dia raiar de novo                                
                                   

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

não conheço ela.

ela corria de braços abertos
na direção errada do amor certo
ela morria de olhos fechados
achando que isso era o que havia de errado
ela enlouqueceu a si mesma
por não querer ser tão normal
como todos apontavam que ela era

se um dia ela sumir já era esperado
porém ninguém havia se importado
o suficiente para faze-lá ficar
apenas um drama adolescente
mas tudo o que ela pensa é real
e a realidade dela é a utopia do resto

não confie em ninguém
ninguém cria laços o suficiente
para se entregar totalmente .

dezenove.

ainda espero por uma paixão destruidora
daquelas que queima quando começa
e gela quando acaba
daquelas intensas e profundas
como um céu sobre um mundo
como a profundeza e a densidade do oceano
não amar por amar
mas amar por acreditar no amor
com brigas e berros e choro e
carinhos e beijos e delírio
vamos correr, vamos fugir
um refúgio numa pessoa
eu não mereço isso.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

algo confuso, sem linha lógica.

eu não me arrependo
mas não sei se voltaria para o começo
sabendo como tudo termina
não sei se começaria tudo de novo
sabendo como vai terminar
não sei se procuraria e falaria
sabendo como
tudo
vai
terminar
a ilusão que você cria em sua mente
é mais fraca do que a realidade
e estar preparada para algo ruim
não torna isso menos ruim
ou mais bom
ou
ou
não sei
simplesmente não sei
e é tudo o que eu sei

terça-feira, 25 de novembro de 2014

palavras

as palavras que esvaziam minha mente
enchendo uma folha de papel
não sei se as prefiro dentro ou fora
elas transbordam e inundam
onde quer que eu as coloque

domingo, 23 de novembro de 2014

sinto muito, porém não sinto nada

a falta de sentimento
inunda uma cabeça cheia
de pensamentos vazios
a indiferença reina
na mente de quem mais pensa
e de quem mais sente
minha batalha diária
entre ser eu e não ser
sentir e não sentir
porque a falta de dor
também dói
e a falta de algo
torna esse algo mais real
e torna entorna
porém, não é algo controlável
não é algo viável
acontece, e ponto acabou
não tenho escolha
sou escrava de quem eu sou
escrava de minha mente
sigo ordens, sinto dores
enlouqueço
tudo porque eu me mando
involuntariamente
mente, mente, mente, mente.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

suspeito

minha mente prega peças em mim
minha mente está pregando peças em mim
não acredito mais em minha mente
não acredito mais em mim

papel sulfite branca A4

um espaço branco vazio
crescendo em minha vida
um anestesiamento
necessário
um querer não sentir
um sentir não querendo
um lamento e um choro
e uma indiferença do tamanho do mundo
só para depois, sem aviso algum
sentir de novo e sofrer de novo


ácido sulfúrico

minha mente é uma confusão inexata
de dor e sofrimento e indiferença
um ciclo vicioso
um eterno looping mental
não consigo controlar a dor
e ela pulsa na minha mente
direto no meu peito, e abre
tudo o que estava fechando
cada ferida, cada marca, cada lembrança
abre e meu choro é como álcool
caindo num machucado
porque arde e pulsa e dói e chora
mas não cura, só piora
ácido sulfúrico

terça-feira, 18 de novembro de 2014

que?

minha mente não está fazendo sentido
e meus sentimentos estão bipolares
não tenho controle de nada
(mas isso eu nunca tive)
estou instável, estou quebrável
nada faz sentido
nada nunca fez sentido
qual meu problema então?
não entendo como cabe
tanta tristeza
tanto sofrimento
dentro mim
jesus, eu sou tão pequena.

morri por metades

a dor não vem por inteiro
ela vem, acaba e engana
só para vir novamente
quando menos eu quero
quando eu menos preciso
porque se viesse tudo de uma vez
ia ser horrível, insuportável
mas ia doer tudo e pararia
mais rápido...
mas quando vem em partes
é pior, pois não sinto tudo
não penso tudo
e é lento
quando menos vem
mais tempo leva
para estar tudo bem
de novo

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

quase um mar

palavras entaladas na garganta
fazem minha mente engasgar
e faz meu corpo inflamar
minhas mãos tremular
meus olhos lacrimejar
minha paranoia aumentar
minha tristeza começar
minha raiva se inflar
meu desespero se vingar
minha vida apagar
meu sentimento fraquejar
e faltar meu ar
ar ar ar

melhores momentos da vida

brisa com cheiro de grama
céu cinza e brisa calma
ver morcegos voando
ver a lua

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

blue

nunca disse eu te amo
para um amor que amei
mas já pensei em falar
mas assim me bloqueei
porque se dói ao pensar
deve doer um pouco mais
ao pronunciar
tais palavras
e ver uma expressão
de "eu queria dizer o mesmo
mas não posso"

eu, ontem

eu queria nascer em sessenta
ou passar minha adolescência em setenta
queria fazer parte de movimentos hippies
queria ter a ilusão de que lsd abre minha mente
e sentir isso intensamente
quero roupa rasgada, esperança e um brilho no olhar
que só a juventude daquela época tinha
queria ouvir pela primeira vez
o novo disco do John Lennon
e ouvir mil vezes, usando aquilo como minha religião
queria me entorpecer em woodstock
e achar que aquilo é paz e amor

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

você sabe o que eu quero dizer

me pego fantasiando com o extremo
uma visão distorcida
um eu deitado, gelado, parado
vocês olhando, chorando
será que alguém se arrependerá?
será que alguém morrerá?
gostaria de ouvir cada palavra
cada pensamento
cada choro sufocado
cada berro
lerão minhas páginas tristes
minhas palavras agoniadas?
pensarão que deveriam me ajudar
deveriam se aproximar
eu queria ter sido forte o suficiente
ou um pouco mais fraca talvez

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

um futuro não tão longe assim

ontem morri um pouco
hoje estou morrendo
amanhã morrerei um pouco mais
e continuarei nessa morte
até finalmente fechar os olhos
e nunca mais abrir, e nunca mais sentir
até eu cansar, até meu coração parar
não será alguma causa natural
não será um acidente
muito menos um assassinato 
                                           (dependendo do ponto de vista
quero ser a culpada
quero sentir remorso 
quero me arrepender
não vai dar mais tempo
ninguém está nem ai 
muito menos eu
principalmente eu

domingo, 2 de novembro de 2014

ontem fui feliz, hoje não sou mais

felicidade se tornou momentos
se tornou detalhes
se tornou memórias
felicidade é passageira é atemporal
não me sinto feliz
mas lembro                                        
                                                            sei que não é meu normal.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

vertigem

Me levanto de repente, rápida e sem pensar.
Sinto vertigem, me sinto doente
a sensação de "bebi demais" me enche a mente
mas não tem álcool no meu sangue
então a sensação de "bebi demais no passado"
e então "não faz diferença"
tudo roda, roda e roda
e para
e me sento de novo, para me levantar novamente
e tudo rodar de novo
e um ciclo de senta e levanta
não deveria, mas acontece.

Isso não é um poema, isso é uma divagação.

     As vezes um "porque" ou um "motivo", é mais vazio do que um "não sei", do que um "porque eu quis".
     Pessoas tem uma necessidade de saber uma resposta para tudo, um motivo para tudo. Mas nem tudo precisa de um motivo, nem tudo é milimetricamente pensado, milimetricamente planejado.
     Pior é quando questionam um ato, com um certo tom de repreensão na voz "Porque fez isso? Precisava fazer isso?" Não, não, não! Parem de tentar controlar tudo, cada ato, cada pensamentos, cada ação sem motivo.
     Estão tão acostumados a receber uma resposta, mesmo que seja uma mentira, aceitam melhor do que a falta de um resposta, porque simplesmente não existe uma. Para mim, isso não faz sentido, para mim isso é doentio.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

vivendo um gerúndio

incapacitada
parada
imóvel
sofrendo
digerindo palavras mal ditas
digerindo pensamentos mal pensados
segurando as pontas
indeterminada
sentindo
gritando
sofrendo de novo
não querendo ser
sendo mesmo assim
pensando
sonhando
iludindo
morrendo
vivendo
o que fazer?
o que sentir?
o que ser?
o que matar?
o que? o que? o que?
precisando
resumidamente:
tudo isso.

sábado, 18 de outubro de 2014

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

cheiro de grama cortada

e então de repente vem um cheiro de grama cortada
um cheiro de campo, de sol e de calma
e entre toda essa confusão que eu sou
todos os pensamentos ruins se esvaem
e um sentimento de calma e de férias
invade minha percepção.
Se eu fechar os olhos me sinto sendo mais o que eu quero ser
e menos o que eu realmente sou.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

mar/oceano

as vezes me sinto tão vazia, tão rasa
que nem meu pé molha, nada se aflora
outras vezes, me sinto dez mil metros de profundidade
que me afogo em mim mesma e vivo caindo
e sumindo e fluindo e caindo.


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

minha confusa mente.


Imagino minha mente como esse desenho no papel.
Um campo vazio, com algumas moitas e algumas árvores, nas quais eu periodicamente vou para me sentar ou me esconder, mais para frente tem um abismo, onde eu caio com frequência. Quando estou ali as coisas ficam sempre meio estranhas, tudo meio embaçado e meio obscuro. Depois do abismo é onde se encontra tudo aquilo que eu ainda não tenho conhecimento, pois sempre que tento pular, acabo caindo. No céu temos várias nuvens, o que significa que está sempre nublado, o que descobri lendo um livro que eu poderia usar uma "redoma de vidro" para simbolizar esse nublado. E claro, ali no canto tem alguns morceguinhos onde eu consigo sentar e ficar observando, me distraio olhando eles e esses são meus momentos bons.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

me diga você.

tantos medo perdidos em algum lugar
não sumiram, só se esconderam
porque viver procurando algum sentindo?
mesmo sabendo de que não existe
talvez passar a vida tentando criar um
mas seria apenas mais uma ilusão
o que talvez seja tudo
ou talvez seja nada
mas na verdade acho que isso nem é importante
se resolvo viver é para aceitar o sangue correndo
                                            (e o coração batendo
se escolho acordar, é para acordar e aceitar
caso contrário, seria simplesmente nada
então se nada faz diferença,
não deveríamos perder tempo procurando
ou talvez deveríamos... Tanto faz.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Unbeliever

Não acredito em nada.
Não acredito em Deus.
Não acredito na energia,
Não acredito na fé.
Não acredito na sorte.
Não acredita no dia.
Não acredito na vida.
Não acredito no sentido.
Não acredito na realidade.
Não acredito na humanidade.
Não acredito no Universo.
Não acredito nos meus olhos.
Não acredito em mim.
Não acredito em minha mente.
Não acredito no tempo.
Não acredito nas horas.
Não acredito na televisão.
Não acredito na progressão.
Não acredito em fantasmas.
Não acredito em nada.

líquido preto.

Fervendo. E ferve no peito
Loucamente, querendo sair
Meio dolorido meio ardido
Meio ressentido meio sem sentido
Borbulha, e borbulha vai e vem
Flui lentamente pelo meu ser
Talvez venha de minha mente
Ou nasce aleatoriamente
Só sei que roda e roda
e borbulha e borbulha
e arde e arde e arde
e pesa dentro do meu corpo
criando a pior sensação.
Não sei porque ou do que
Talvez a vida talvez nada.
Apenas esse líquido preto
de agonia e descontentamento.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

nada demais

Me perdi.
Não sei o que sinto e não sei o que sou
um sentimento ruim me corrói e se alastra no meu ser
gritar não funciona, chorar não funciona
só sentir e sentir e sentir e sentir
um sentimento pesado pesa em minha mente
uma vida inútil, uma existência sem sentido.
Vazia. Vazia. Vazia. Vazia. Vazia. Vazia.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

não precisa de título, nem sei o que escrevi

a confusão mental é um estado
meus sentimentos são conturbados 
minha confusão é organizada 
tudo o que eu quero, desejo, suplico 
nada tenho ou nunca terei 
meio termo em tudo, 
o abismo entre dois lado é enorme
caio antes de perceber que pulei...
não sei se quero mais alguma coisa 
muito menos sei o que estou sentindo no momento
tenho certeza de que estou existindo 
e não vivendo, e não sei se isso importa
já sou mais velha 
e continuo com a mesma velha mente
com os mesmos velhos problemas
e as mesmas velhas inseguranças 
e é ai que tudo gira
não sou nada e nunca serei
obrigada por ler até aqui 
volte sempre.

domingo, 27 de julho de 2014

inércia

durmo e acordo
um ciclo diário
inspiro e expiro
e vivo
vivo e não sei porque
e não sei para quem
porque para mim não é
o sentido se esvai de mim
a cada pensamento
a cada medo
a cada indecisão
me transformo em um bola
uma massa de sentimentos catastróficos
de inutilidade e paranoia
não desgosto, muito menos gosto
apenas não entendo
esse ciclo dia-a-dia
inspiro e expiro
durmo e acordo
inércia diária.

terça-feira, 22 de julho de 2014

sentada, esperando, respirando

o futuro é incerto
e cada vez ele está mais longe
e mais nublado
não enxergo
me sinto perdida em uma floresta
está tudo nublado
e não sei onde é a frente
e onde é atrás...
eu, na minha desistência
apenas sento e espero
talvez o nevoeiro passe
talvez permaneça eternamente
para mim, sinceramente
tanto faz.

domingo, 6 de julho de 2014

random thoughts

Sim, sei que sou alienada
nunca neguei isso
e nunca vou negar
mas também sei
que minha alienação
impede de que a sua alienação
me pegue.
São alienações diferentes.
umas bloqueia a outra
e eu prefiro a minha

quarta-feira, 2 de julho de 2014

eu mesma

eu não sou só eu, somente.
eu sou aquilo que sou
misturado com o que eu quero ser
um pouco do que não posso ser
com bastante daquilo que eu deveria ser
respingado de tudo o que querem que eu seja
manchado com o que minhas expectativas querem
pichado com o que não sou mais
e não é só isso
tem mais um tantão de coisas
que eu nem sequer sei que sou
e que nem sequer sei que fui

segunda-feira, 23 de junho de 2014

BUM

sinto que um dia implodirei
um dia estarei tão cheia de tudo
de mim mesma
que abrirei um imenso buraco negro em minha existência
e me sugarei para dentro.
parece drama: e drama é
mas a vontade de gritar é tão grande
que o grito não sai, ele entra
a vontade de chorar é tão grande
que assim como o grito
invés de sair, a lágrima entra
também
tudo o que eu sinto, tudo o que eu penso
tudo isso vai entrando
entrando e entrando
em um espaço vazio dentro de mim
que um dia, não se sabe qual e nem como
Um dia vai acontecer: BUM
inexistência.

terça-feira, 10 de junho de 2014

paranóia ou desespero ou psicopatia forçada

e só de pensar em te perder
uma lágrima rola do meu olho
e só de pensar em sofrer
por você meu coração começa a doer
de um jeito apertado e desengonçado
uma mente bagunçada, prevendo um futuro
que talvez nem exista.
existem verdades aleatórias e futuros incertos
talvez tudo seja um preparação para o inevitável
talvez tudo seja apenas um gostinho amargo
de um remédio que nunca precisarei tomar
pois talvez, eu nunca ficarei doente.
Nunca ficarei doente por você.

terça-feira, 27 de maio de 2014

some shit i've written

a hundred, thousand, millions words
but none inside of my head
my emptiness fullfill my life
there's no reason to say something
if this doesn't make any sense to me
or to anyone else

if there's something wrong
well, noone can see this
but i only really feel something
if i show it to the world
cuz if i don't, no one can see it
there's no reason to show

a hundred, thousand, millions feelings
but none in a sheet of paper
i can't violate a white thing
with what i have inside
there's nothing too bad
but what's good to me is bad to you

i know that you disagree with me
the fact is that i truely don't care
cuz i'm ok this way, don't need to change
my abstinence of everything
makes me feel numb
glad to meet you

a hundred, thousand, millions words
but none inside of my head
my emptiness fullfill my life
there's no reason to say something
if this don't make any sense to me
or to anyone else

segunda-feira, 12 de maio de 2014

status da vida

sinto falta de quando eu era triste, e escrevia.
ou será que eu era triste, e por isso escrevia
ou talvez até, que eu escrevia e era triste
ou escrevia e por isso era triste
duvido.
talvez eu ainda seja triste
apenas não mais escrevo
ou escrevo não sendo mais triste
o que, conhecendo minhas entranhas mentais
meus sentimentos vagais
minha essência astral
sei que é mentira
então só escrevo
e só sou triste

terça-feira, 29 de abril de 2014

nunca fomos tão felizes assim

A depressão começa, quando fazemos algo que não queremos
Quando podemos parar, mas não devemos 
E nos conformamos.
A depressão começa, com um pequeno aperto no peito
Um aperto natural e suportável 
Que cresce sem perceber, e você abraça para receber
Você chora por dentro e por fora
Você cria um vácuo vazio sem nada
E isso só cresce e não dá nem para perceber
Quando você percebe, já está se deteriorando internamente
Com suas lágrimas saindo de sua pele
Abraçada no escuro no seu mundo preto e branco
Querendo entrar em um abismo e nunca mais sair.
Nunca mais sair.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Podridão interior

Ás vezes bate um negócio meio ruim 
Bem no fundo do peito 
Um sentimento meio estragado,
com cheiro azedo 
Um pensamento amargo 
com gosto de podre
E isso se arrasta em minha mente
Deixando um rastro nojento e pegajoso 
É difícil de limpar, é difícil de desinfetar
É, sei lá....

quarta-feira, 19 de março de 2014

um tolo pensamento vem a tona

Acredito em tudo o que eu vejo
Em tudo o que eu sinto 
Acredito em tudo o que minha mente
levemente alcoolizada pensa
Não acredito na minha sobriedade 
Nos meus pensamentos planejados
Pensamentos organizados 
Me acostumei na bagunça,
desorganização mental.
Acredito que um dia 
é apenas um dia
Ou que um dia, na verdade 
são todos os dias.
A verdade é que não acredito em nada
Pois não há nada em que acreditar
Porque assim, o nada se torna tudo. 
Desorganização mental.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Memória vaga.

Me esqueci.
Me esqueci de sua voz,
me esqueci da sua risada
me esqueci de suas ajudas 
Me esqueci de como era.
Esqueci de como era te ter em minha vida
esqueci de que um dia conheci você
me esqueci de que um dia me importei com você
me esqueci de que já nos abraçamos
e prometemos nunca esquecer um ao outro 
me esqueci de que já te vi chorar
e de que era a pessoa mais linda chorando
me esqueci de que já fui o motivo de seu choro
me esqueci de nossas brigas 
e esqueci do sentimento horrível 
que eu sentia nos dias que não pude falar com você
me esqueci de todos os anos 
de todas as semanas 
e de todos os dias. 
Me esqueci também da dor
de quando descobri que  tudo o que eu esqueci
você nunca lembrou.
Eu esqueci de tudo, de verdade.
Juro, não estou mentindo. 
Mas sei e tenho consciência de que esqueci...
E isso já serve para eu lembrar.

Meia noite: hora da melancolia acordar.

Mas que espécime de ser-humano sou eu?
A pior dos piores, acredito piamente
Procuro a tristeza em minha mente,
 procuro em lugares que não existe a tal
E o mais impressionante, é que eu a acho 
Tenho noção de que ela não estava ali 
Eu que a coloquei ali 
E me deito nela, me embrulho nela, posso até beber dela
Abuso dela até ela sair pelos meus olhos 
Pela minha pele
Pela minha (in)existência
E depois ela abusa de mim 
E continua saindo pelo meus olhos
Saindo pela minha pele
Pela minha (in)existência
Mesmo depois de eu implorar para ela ir embora
"Já usufrui tudo o que desejo de ti, não te quero mais"
Ela ri maleficamente e me abraça.
E eu xingo, pois seu abraço é confortável e quente e seguro.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Catatonia

A realidade me acordou bruscamente
Me puxou da cama pelos meus pé
Me fazendo cair e bater a cabeça
Agora estou em um coma
Estou inabilitada para tudo
Estou numa catatonia
Não me encontro não me acho 
Eu tentei resistir a ela
Até chutei seu nariz 
Mas prometeram que ela viria e ela veio
Com toda sua força. 
Estou numa catatonia
E não sei se quero sair.