quinta-feira, 30 de outubro de 2014

vertigem

Me levanto de repente, rápida e sem pensar.
Sinto vertigem, me sinto doente
a sensação de "bebi demais" me enche a mente
mas não tem álcool no meu sangue
então a sensação de "bebi demais no passado"
e então "não faz diferença"
tudo roda, roda e roda
e para
e me sento de novo, para me levantar novamente
e tudo rodar de novo
e um ciclo de senta e levanta
não deveria, mas acontece.

Isso não é um poema, isso é uma divagação.

     As vezes um "porque" ou um "motivo", é mais vazio do que um "não sei", do que um "porque eu quis".
     Pessoas tem uma necessidade de saber uma resposta para tudo, um motivo para tudo. Mas nem tudo precisa de um motivo, nem tudo é milimetricamente pensado, milimetricamente planejado.
     Pior é quando questionam um ato, com um certo tom de repreensão na voz "Porque fez isso? Precisava fazer isso?" Não, não, não! Parem de tentar controlar tudo, cada ato, cada pensamentos, cada ação sem motivo.
     Estão tão acostumados a receber uma resposta, mesmo que seja uma mentira, aceitam melhor do que a falta de um resposta, porque simplesmente não existe uma. Para mim, isso não faz sentido, para mim isso é doentio.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

vivendo um gerúndio

incapacitada
parada
imóvel
sofrendo
digerindo palavras mal ditas
digerindo pensamentos mal pensados
segurando as pontas
indeterminada
sentindo
gritando
sofrendo de novo
não querendo ser
sendo mesmo assim
pensando
sonhando
iludindo
morrendo
vivendo
o que fazer?
o que sentir?
o que ser?
o que matar?
o que? o que? o que?
precisando
resumidamente:
tudo isso.

sábado, 18 de outubro de 2014

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

cheiro de grama cortada

e então de repente vem um cheiro de grama cortada
um cheiro de campo, de sol e de calma
e entre toda essa confusão que eu sou
todos os pensamentos ruins se esvaem
e um sentimento de calma e de férias
invade minha percepção.
Se eu fechar os olhos me sinto sendo mais o que eu quero ser
e menos o que eu realmente sou.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

mar/oceano

as vezes me sinto tão vazia, tão rasa
que nem meu pé molha, nada se aflora
outras vezes, me sinto dez mil metros de profundidade
que me afogo em mim mesma e vivo caindo
e sumindo e fluindo e caindo.


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

minha confusa mente.


Imagino minha mente como esse desenho no papel.
Um campo vazio, com algumas moitas e algumas árvores, nas quais eu periodicamente vou para me sentar ou me esconder, mais para frente tem um abismo, onde eu caio com frequência. Quando estou ali as coisas ficam sempre meio estranhas, tudo meio embaçado e meio obscuro. Depois do abismo é onde se encontra tudo aquilo que eu ainda não tenho conhecimento, pois sempre que tento pular, acabo caindo. No céu temos várias nuvens, o que significa que está sempre nublado, o que descobri lendo um livro que eu poderia usar uma "redoma de vidro" para simbolizar esse nublado. E claro, ali no canto tem alguns morceguinhos onde eu consigo sentar e ficar observando, me distraio olhando eles e esses são meus momentos bons.