blinded by the life

i wish i could just turn out the lights

live in the dark, blinded by the life

i don't want to see anymore

i don't want to hear anymore

i don't want to feel anymore

but have i ever wanted to, tho?

i've always thought about the fact of me being alive

it just don't really add up to me

was i born to suffer?

was i born to deal?

it seems like i was born wrong

it lacks strength, it lacks will power

it lacks the ability to control it

the right feelings to feel

the maturity, the action

everything.

why me tho?

why can't it be someone else?

why can't i just throw it all away

blow it all away

leave me alone

let me suffer in silence

i don't want to deal with it

no more.

trois ans

é incrível o quanto eu sou eu, ao seu lado

e é incrível o quanto eu ainda quero estar

mesmo depois de tantos meses 

nem mesmo eu imaginaria

não existiria outra forma de ser

com um começo tão mágico

como um soco no estômago

mas invés de doer, abraçou 

invés de vomitar, adoçou 

sinto falta daquela época

uma nostalgia que envolve 

tantos toques, carinhos, palavras,

e muita promessas

essas, que se mantém até hoje

aprendi que o amor tem fases

e a melhor é qualquer que seja 

contando que ele resista, persista

mantenha a vida doce, a vida calma

a vida do jeito que ela é

quando estou contigo

cada palavra, cada toque

cada abraço, cada beijo

cada orgasmo, cada soneca juntas

cada discussão boba, cada desculpa

cada tarde em vão, cada janta

na verdade, cada dia, hora, mês, ano

é aqui que quero estar

nessa vida, ao seu lado 

em cada fase

se já foi bom até agora

imagina ainda como irá ser?

esparadrapos

assento vip no camarote

para assistir a sua queda

mãos atadas, amarrada na cadeira

esparadrapos nos olhos

não tenho escolhas.

sou forçada a assistir sua queda

como se fosse um espetáculo grandioso

uma grande tragédia moderna

"jogue fichas" vocês pedem

fichas de incentivo

incentivo a sua queda

não tenho escolhas.

a plateia aponta dedos para mim 

vaiam em minha direção

tacam tomates, pedras...
como se o espetáculo fosse eu.
ele não enxergam o palco?
não entendem o script?

não sou a diretora.
sou apenas telespectadora.
estou apenas assistindo a queda.
e como eu disse,
não tenho escolha. 

tijolo por tijolo.

a vida nunca me deixou ser feliz
e vocês não deixaram ser quem eu quis
construíram um castelo de cartas
e com súbito sopro tudo foi pro ar
o império de papel espalhado pelo chão 
fragmentos do que um dia eu pude ser
lembranças do que um dia eu cheguei a ter

a gente fortalece com isso
mas por muito tempo eu enfraqueci
por muito tempo eu apenas enlouqueci
e a vida me fez tão pequena
pois se eu fosse mais do que isso
não sabemos o estrago que seria.

hoje eu refaço meu erros, eu construo meu império 

mas acho que aprendi.

tijolo por tijolo 

concreto e mais concreto.